terça-feira, 23 de outubro de 2012

 

Uma aventura no Puerto II

As malucas dos cachorros
 

 
 
Então ora vamos lá continuar com a aventura no Puerto!
Bem, decididamente não posso ir a uma grande cidade. Em Viseu não se vê com grande frequência pessoas a mendigar na rua. Ontem vi carradas de gente e pedir. Houve uma pessoa que me tocou particularmente. Uma velhinha a pedir num dos sinais luminosos. Ninguém abriu o vidro, à excepção de mim que, infelizmente não tinha moedas. Fiquei com um aperto no coração. E mal disposta com a falta de educação daqueles condutores que passavam a uma velocidade arrepiante pela idosa e buzinavam como se a senhora fosse um monte de lixo. Merdosos! Espero que comam caca ao pequeno-almoço!
Entretanto não lanchei. Precisava era de jantar, pelo avançado da hora. Foi uma aventura para encontrar um café que tivesse comida vegetariana e pouco dispendiosa. De qualquer maneira, a alimentação naquela zona é bastante cara. Talvez devido à grande afluência de turistas.
Encontrei um miudito na rua, muito cool, a vender umas pulseiras fluorescentes, feitas pelo próprio. Gostei da atitude do rapaz. Vendia para comprar uma guitarra e para comprar um bilhete para assistir a um concerto dos Pink, uma banda de tributo aos Pink Floyd. Entretanto, ainda confidenciei que tinha visto, há uns anos, os Pink Floyd Australianos e o moço vibrou todo. Havia conversa para mais de uma hora! 
Lá jantei à pressa e, quando me dirigi para o coliseu, apanhei o susto! Uma imensidão de pessoas à entrada, em fila, a aguardar a abertura das portas. Eu tinha bilhete para camarotes, mas, com medo que aquilo fosse demorar, coloquei-me também na fila. Apanhei uma valente seca.
Para piorar, estavam três mulheres mesmo ao meu lado, de aspecto tão duvidoso, a vender cachorros quentes que eu, nem por 30 euros, comia. As mulheres fartavam-se berrar e plantar gafanhotos nas salsichas do Minipreço. Além de que, aquelas mãozinhas... ui, ui!
Não tiveram sorte. Temos pena! Eu é que tive que ouvir disparates e conversas do arco da velha durante uns bons 40 minutos.
 
 
Nota: A parte do concerto, fica para mais tarde, porque eu encontrei uma personagem no meu camarote que despertou o Hannibal Lecter que havia em mim. E, como tal, há muito, muito para contar!

Continua...




9 comentários:

  1. Que nojeira. Se vão mexer em comida, tenham decoro.

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  2. Nos Maus Hábitos conseguias uma boa refeição vegetariana. Nunca comi lá é certo mas já passei lá valentes noitadas e sigo-os no Facebook e sei que têm refeições vegetarianas ;)
    Fica a dica para a próxima ;)

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    1. Obrigada pela dica! Eu já sabia que havia alguns cafés com comida vegetariana, porque a minha irmã já mo tinha dito. Mas não sabia os nomes e aquilo é tão grande que se fosse à procura, nem às 21h estava despachada.

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    2. Mas mesmo sabendo o nome eras capaz de não dar com ele, pois fica no último andar de um antigo hospital para malucos (isto foi-me dito pelo Gafanhoto) e nem sempre é fácil dar com a porta para as escadarias/elevador. Sempre que vou lá guio-me pelo Passos Manuel que fica mesmo em frente ;)

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  3. Ahahah...que grande história. Histórias longas como a tua são sempre ricas. Achei um piadão às velhas dos cachorros quentes.

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  4. É por detestar confusões que as minhas idas a concertos se podem contar pelos dedos de uma mão de carpinteiro. ahahah

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    1. Para mim, o mais complicado foi mesmo não conhecer a cidade e ter de andar a dar voltas e mais voltas. Mas não tenho grande razão de queixa, até agora. Há uns meses, em Gaia, fui ao Marés Vivas e correu que foi uma maravilha. É também uma questão de sorte!

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  5. Pedintes de facto é o que não falta no porto. Bancas de cachorros, onde há festança lá estão elas com as super bocks acompanhar ;)

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  6. Ui!
    O próprio do Hannibal?!
    Já estou danadinha para ler!

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