terça-feira, 5 de junho de 2012


Complementaridade das artes


Há imenso tempo que me interessei pela história da personagem da peça Hamlet, Ofélia. Aconteceu na força dos meus 17 anos, um dia, por acaso, na biblioteca da escola, enquanto folheava um livro de pintura. Trata-se de uma figura secundária, no entanto viu-se adoptada pelos pintores da época, que a representaram de forma magistral. Ofélia reproduz, pois, a noiva ou amada, ceifada da vida ainda em plena juventude, passando a expor-se como modelo mais espiritual da mulher.
A representação que considero mais forte, pertence a John Everett Millais. É um paradoxo entre o visceral e o prosaico.


Ofélia morta sobre as águas de John Everett Millais
No entanto, o sucesso de Ofélia estendeu-se também ao cinema e à moda, ressuscitando a sua aparência espectral para os dias de hoje.


Melancolia de Lars Von Trier

O ensaio para a Vogue está particularmente interessante, na minha opinião, pelo jogo de cores e pelos tecidos esvoaçantes, conferindo uma imagem, à modelo, de um ser divino e imaculado.







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